terça-feira, 3 de abril de 2007

Largo da Sé - 1974

Ora digam-me lá se havia necessidade de abater aquelas árvores (em 2000) para serem substituídas por jacarandás! Este abate foi feito antes das 9 da manhã. Tiveram azar que havia um tipo, que até tem a mania das fotografias e espírito de repórter, que tirou uma data de fotos, que as vai aqui colocar para constar dos anais do Município de Leiria. Até foi ameaçado por um chefe que lá andava a orientar os trabalhos, por estar a tirar fotografias. Ninguém perguntou nada aos munícipes, se achavam bem que se abatesssem estas árvores ou não. É que - desgraçadamente - até havia quem achava que sim senhor, abaixo aquelas árvores . E sabem porquê? Estas árvores deixavam caír alguma resina, que estragava a pintura dos carros, diziam. O irónico da situação. A ideia era depois acabar com o estacionamento naquela área, o que já acontece há já 4 anos, mais ou menos. Chico espertos, não são?
Estas árvores eram o poiso, zona de recria e recolhimento de variadíssimas espécies de aves de pequeno porte, de todas as espécies e a sinfonia dos seus cantares era uma benção de Deus para os nossos ouvidos. Hoje, neste Largo da Sé, temos um chão pavimentado em pedra portuguesa e pinos, muitos pinos. E muitos choques e derrapagens de automóveis, que ainda lá circulam, a fazer gincana por entre esses pinos. Podem observar esse chão (aqui), pode-se ver que está bonito, mas aquele Largo ficou muito árido, sem vida, triste. E sabem que mais? Ao passearmos por essa zona, arriscamo-nos a levar com um pombo, gordo, anafado, brutamontes de tão grandes que estão, voos rasantes, sujidade por todo o lado, incomodativos, sempre à espreita de uma senhora, que até parece que não tem outro objectivo na vida, para lhes levar a ração diária de água e milho. A degradação dos prédios daquela zona é flagrante e notória, mas os pombos ainda a realçam mais.
Uma desgraça nunca vem só!

Insensatos que os homens são!

- De seguida vou deixar-vos um link para poderem observar uma sequência fotográfica desse fatídico dia 28/11/2000, o dia do abate destas árvores.

E também aqui (Neste endereço tenho sentido muita receptividade e feedback dos meus amigos da tertúlia bloguística que estamos a construir...).

Os Leirienses que me desculpem, mas não os vejo activos na defesa da sua própria terra. Falam, falam, muitas vezes pela calada, parece que têm medo não sei bem de quê, e não fazem nada que se veja pela defesa desta cidade.

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